domingo, 22 de dezembro de 2013

Mudanças

Estou há dois dias lendo o blog pessoal de uma desconhecida que, aparentemente, nem mesmo escreve mais nele. Não faz mal, senti saudade de ter um blog pessoal também. Gosto de ler diários alheios, gosto de ver a humanidade em narrar seu dia a dia, a forma como cada um lida com não saber o que é certo e errado, com qual será o resultado de nossas ações. Senti falta de escrever também. De poder ler depois e ver o quanto mudei. E sempre pode ser um exercício para uma futura biografia super faturada (*risos*). Acabei de mudar minha descrição de perfil. Tirar o "estagiária", faz anos que me formei, terminei o bacharelado, a licenciatura, o mestrado. Não estou mais estagiando. Coloquei o "motorista" também. Já faz uns dois anos que passei a colaborar mais com a poluição, me libertando de uma certa relação de dependência que tinha. E troquei o "noiva" por "esposa". Sim, agora sou uma esposa. Muita coisa mudou nesses anos que não escrevi aqui. Nesse exato momento estou, novamente, em Atenas, para a minha lua de mel, faz três semanas que assinei os documentos que mudaram meu estado civil. Mas muito mais coisas mudaram aqui dentro de mim. Aos poucos eu vou deixando-as registradas por aqui, talvez na mesma ânsia tão humana de registrar "eu existi!", que está presente em tantas obras de arte nessa cidade milenar. (Embora eu não tenha tantas esperanças desse blog durar tanto como o arco de Adriano...)

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O bom filho...

Não me lembro de quando é minha última postagem aqui. Lembro-me das primeiras. De uma época em que trabalhava diante do computador, que ainda estudava e não usava o "há" direito. Parece outra vida agora, anos depois, com a adolescência finalmente acabada (não há uma pesquisa recente que diz que essa bruta só passa aos 25?), olho ao redor e quase não me reconheço. Em algumas semanas nem meu nome será o mesmo. Isso me entristece? Não, acho que sou alguém melhor agora. Alguém mais consciente do quanto sabe pouco, alguém que já percebeu que começou a envelhecer. Oscar Wilde estava certo quando disse que não era jovem o suficiente para acreditar que sabia tudo. Eu também não sou mais tão jovem e isso deve ser bom. Quando comecei a escrever aqui eu dizia que era minha terapia. Hoje faço terapia de verdade, consultório, hora marcada. E deixei de escrever. Que Deus me ajude na tentativa de retomar o que havia de bom em mim. (Embora esse bom, não necessariamente, fossem meus textos)